domingo, 30 de agosto de 2009

7

Eu comecei a odiar a Sophia. Ela não era aquela menina legal que eu pensava que ela era. Ela era um saco, um saco!
Comecei a desprezar ela, as amiguinhas dela vinham falar comigo e:
- Gui, você tem que ir lá falar com ela
- pff - bufei
- É sério!
- acabaram? Eu tenho mais o que fazer.
Mas mesmo ela sendo um saco e eu odiando ela, eu ainda gostava de verdade dela, não conseguia parar de pensar nela. Isso me dava mais raiva. Até que um dia ela veio falar comigo.
Tava no intervalo, eu tava ouvindo música num banquinho do pátio. Ela veio em direção a mim, eu olhei pro outro lado. Por que ela estaria indo falar comigo?
- Gui, a gente pode conversar? - Olhei pra ela devagarzinho e tirei o fone do ouvido. Não falei nada, só olhei pra ela.- Por favor?
- tá - falei e olhei pro outro lado. Ela sentou do meu lado.
- Me desculpa?
- Não
- Gui! Eu sei que minha atitude foi muito infantil, eu fiquei pensando muito nisso e foi fácil perceber. Por favor, me desculpa - Ela puxou meu rosto pra que eu olhasse pra ela, eu olhei. - Eu te amo -Ela disse, eu olhei pro outro lado. Por que ela sempre fazia isso? Ela sempre dizia que me amava mas nunca queria ficar comigo. - Eu te amo mais do que nunca, mais que da primeira vez. - Ela foi pra minha frente até encontrar meu olhar.
- E dessa vez VOCÊ vai acreditar que eu gosto de verdade de você? Ou vai dizer que eu estou mentindo? - eu disse.
- Eu acredito em você. - Ela falou sorrindo. Eu sorri também, era impossível não sorrir.
- Eu te amo - eu falei segurando o rosto dela e puxando-o pra mais perto de mim.
- Eu acredito. - Beijei a bochecha dela e depois o cantinho da boca. Examinei a expressão dela. Ela estava sorrindo, de olhos fechados. Eu a beijei e dessa vez ela não hesitou.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

6

Depois de comer fui falar com a Sophia.
- Soph!- Ela olhou pra trás, os olhos tristes. Burro, burro, BURRO!
- Oi, quer conversar agora?
- Cê tá ocupada?
- Não, vamos.
A gente sentou num banquinho em frente ao jardim da escola.
- Soph...Acho melhor a gente parar de andar taanto junto. Sabe, eu tô deixando meus amigos de lado e eu não quero isso. Eu gosto de você mas eu também gosto deles, pô, eles são meus melhores amigos né? E aliás eu acho que suas amigas também estão sentindo sua falta certo?
- Certo.
- Eu não tô falando pra gente parar de se ver, eu ainda quero te ver só que...
- Eu não quero mais te ver. - Ela me machucou de verdade quando falou isso.
- ÃN?
- Eu não quero mais te ver, eu disse que não ia dar certo imagine se a gente ficasse!?
- Soph, não é assim, para com isso.
- Claro que é assim, olha eu não tô tendo um ataque de ciúmes nem nada certo? Mas se você gostasse de verdade de mim você já tinha pedido pra namorar comigo, desculpa. E como eu te amo e você não me ama acho melhor me afastar do que sofrer maiores danos. Tchau.
- Sophia, Sophia! - Ela se levantou e foi andando, eu parei na frente dela. - PARA! Para com isso tá bom? Você sempre quer ser a certa, você gosta de sofrer, acho que é isso porque você NUNCA me ouve, nunca! Você só dá valor a suas próprias conclusões. Se eu disser que eu te amo e que eu sou completamente louco por você, você iria acreditar? - Eu gritava. E ela parada na minha frente, incrédula.
- Não - sussurrou -, depois disso não.
- Eu sabia disso, eu tinha certeza, mas que pena - falei enquanto ela se afastava.- porque é a verdade. Ouviu? É A VERDADE!

domingo, 16 de agosto de 2009

5

Depois de alguns dias eu vivia com ela, estávamos sempre juntos, se quisesse achar um era só procurar o outro. As amigas dela reclamaram, meus amigos também.
- Cara fala sério, você só vive com ela, vive pra ela, argh, chego a ter náuseas de ver vocês dois juntos.
- Luiz, você nem conhece a garota cara, fica na sua que é o melhor.
- Nem conheço e já tô enjoado dela, credo.
Eu devia ter feito uma cara terrível pra ele, porque ele me olhou assustado e até virou pro outro lado. Eu não tava tão grudado nela, tava?
No intervalo sentei pra comer com os meus amigos, não fazia isso já havia alguns dias porque ficava com a Sophia... Foi ali que eu percebi que eu tinha deixado muita coisa de lado por ela. O Rafael viajou mas se ele estivesse aqui iria dizer que é contra o manual dos garotos, o Luiz falou a mesma coisa haha.
Quando olhei pra frente ela estava vindo, linda... êpa, melhor parar com isso. Ela sorriu pra mim.
- Oi Gui, não vai comer comigo hoje? Ah! Oi Luiz - Ela sorriu pra ele também, ele só balançou a cabeça, sem olhar pra ela.
- Não, acho melhor não. - Eu disse - Depois a gente precisa conversar.
- Ah... - a expressão dela mudou, ficou triste, que droga! Eu só fazia merda.- Tudo bem, eu vou sentar com as minhas amigas. Tchau.- E foi embora.
Depois que ela foi Luiz olhou pra mim e falou:
- Isso aí cara, tem que esnobar mesmo as vezes, agora to reconhecendo meu amigo. - Ele deu tapinhas nas minhas costas, como assim reconhecendo?