terça-feira, 20 de outubro de 2009

9

Matamos as aulas que iríamos ter depois do intervalo. A Soph saiu chorando comigo, e eu rindo dela, ela realmente estava muito fofa e engraçada chorando de emoção.
- Mas amor, nada era mentira. Só falei o que eu realmente sinto por você - eu falava, sorrindo pra ela.
- Mas... mas... você é tão perfeito! Não é justo - e começava a chorar de novo.
- Ah ta, então agora vou ser bruto então. SAI DAQUI MULHER! VAI FAZER MEU JANTAR! - empurrei ela de leve.
- Pff, idiota - prooonto, ai ela parou de chorar e teve um ataque de riso. Ou 8 ou 80. Segurei o rosto dela. olhei pra ela e a beijei, por baixo, flexionando o joelho pra ficar menor que ela e a beijando. Ela ficou vermelha. Definitivamente ela estava muito fofa.
- Amor, eu tô sentindo alguma coisa estranha. - ela disse.
- É, o amor faz isso com a gente mesmo - eu ri
- Não amor, é sério, uma impressão ruim.
- Calma, isso passa. - a abracei. Ela sorriu.
- Aaaah amanhã é aquela festa né? Do João do terceiro ano.
- Verdade, a gente vai né? Vai ser muuito bom.- falei
- Claro que a gente vai, e agora você vai comprar a minha roupa de amanhã. Você acha que é barato ter namorada? - Ela me olhou com aquele olhar desafiador. Agora era minha vez de chorar.
- Ê vida difícil, tsc.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

8

Passou-se um mês e nosso namoro estava casa vez melhor. Quando fizemos um mês eu resolvi fazer uma surpresa pra Sophia.
No meio do intervalo eu me juntei no meio do pátio com uns amigos meus que têm uma banda. Bati no microfone com o dedo algumas vezes e chamei a atenção das pessoas.
- Oi gente. - falei no microfone procurando a Sophia, ela ainda não tinha chegado. - Hoje eu faço um mês de namoro com a menina que eu amo, então me ajudem a chama-la ta bom? Vamos lá: Sophia, Sophia, Sophia...
Ajuda muito ser conhecido nessas horas, todos querem ver o que você está fazendo e ainda entram na bagunça. Todo mundo começou a gritar comigo "Sophia, Sophia" até que ela apareceu, com cara de quem pergunta o que aprontou. Quando ela me viu com uma banda no meio do pátio ficou parada, chocada, me olhando. Eu comecei a rir, contei até três e a banda começou a tocar. Eu estava tocando violão e cantando. Começamos a cantar a música. "Era Luz dos olhos" do Nando Reis.
"Ponho os meus olhos em você se você está
Dona dos meus olhos é você, avião no ar.
Um dia pra esses olhos sem te ver é como o chão do mar
...
Pois meus olhos vidram ao te ver, são dois fãs um par
Pus nos olhos vidros pra poder melhor te enxergar
...
Pinta os lábios para escrever a sua boca em minha
A nossa música que eu fiz agora
Lá fora a Lua irradia glória e eu te chamo, eu te peço vem
Diga que você me quer porque eu te quero também
...
E eu gosto dela, e ela gosta de mim
Eu penso nela, será que isso não vai ter fim?"
Os alunos berravam e pulavam e abriam caminho na multidão pra Sophia passar e chegar no centro do pátio, onde eu estava. Eu só olhava pra ela, cantava pra ela, ela era o que importava. Ela veio, sorrindo e com os olhos brilhando.
Quando acabou a música eu fui andando até atrás da bateria e peguei um buquê de rosas vermelhas e brancas. Voltei pra perto dela, o sorriso dela estava mais bonito que nunca, eu percebi outra vez o por quê de estar tão apaixonado por ela. Ela lacrimejava de felicidade quando eu comecei a falar, sem microfone, só pra ela, segurando suas mãos.
- Soph, desde quando te vi, já senti que nós poderíamos dar certo juntando-se em um só coração. Queria te dizer muitas coisas lindas, mais quanto mais eu falo por mais que eu repita várias e várias vezes não vai ser o suficiente pra demonstrar o quanto é o meu amor por você ou o quanto você é linda - eu tremia, parei pra respirar fundo - Tudo o que trouxe pra você são simples rosas que não podem ser muito, mas representam os meus sentimentos por você, e o quanto o meu amor é puro por você, tudo que preciso é ter você aqui pra que tudo dê certo, você é o que eu preciso e o que quero, eu te amo.      

domingo, 30 de agosto de 2009

7

Eu comecei a odiar a Sophia. Ela não era aquela menina legal que eu pensava que ela era. Ela era um saco, um saco!
Comecei a desprezar ela, as amiguinhas dela vinham falar comigo e:
- Gui, você tem que ir lá falar com ela
- pff - bufei
- É sério!
- acabaram? Eu tenho mais o que fazer.
Mas mesmo ela sendo um saco e eu odiando ela, eu ainda gostava de verdade dela, não conseguia parar de pensar nela. Isso me dava mais raiva. Até que um dia ela veio falar comigo.
Tava no intervalo, eu tava ouvindo música num banquinho do pátio. Ela veio em direção a mim, eu olhei pro outro lado. Por que ela estaria indo falar comigo?
- Gui, a gente pode conversar? - Olhei pra ela devagarzinho e tirei o fone do ouvido. Não falei nada, só olhei pra ela.- Por favor?
- tá - falei e olhei pro outro lado. Ela sentou do meu lado.
- Me desculpa?
- Não
- Gui! Eu sei que minha atitude foi muito infantil, eu fiquei pensando muito nisso e foi fácil perceber. Por favor, me desculpa - Ela puxou meu rosto pra que eu olhasse pra ela, eu olhei. - Eu te amo -Ela disse, eu olhei pro outro lado. Por que ela sempre fazia isso? Ela sempre dizia que me amava mas nunca queria ficar comigo. - Eu te amo mais do que nunca, mais que da primeira vez. - Ela foi pra minha frente até encontrar meu olhar.
- E dessa vez VOCÊ vai acreditar que eu gosto de verdade de você? Ou vai dizer que eu estou mentindo? - eu disse.
- Eu acredito em você. - Ela falou sorrindo. Eu sorri também, era impossível não sorrir.
- Eu te amo - eu falei segurando o rosto dela e puxando-o pra mais perto de mim.
- Eu acredito. - Beijei a bochecha dela e depois o cantinho da boca. Examinei a expressão dela. Ela estava sorrindo, de olhos fechados. Eu a beijei e dessa vez ela não hesitou.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

6

Depois de comer fui falar com a Sophia.
- Soph!- Ela olhou pra trás, os olhos tristes. Burro, burro, BURRO!
- Oi, quer conversar agora?
- Cê tá ocupada?
- Não, vamos.
A gente sentou num banquinho em frente ao jardim da escola.
- Soph...Acho melhor a gente parar de andar taanto junto. Sabe, eu tô deixando meus amigos de lado e eu não quero isso. Eu gosto de você mas eu também gosto deles, pô, eles são meus melhores amigos né? E aliás eu acho que suas amigas também estão sentindo sua falta certo?
- Certo.
- Eu não tô falando pra gente parar de se ver, eu ainda quero te ver só que...
- Eu não quero mais te ver. - Ela me machucou de verdade quando falou isso.
- ÃN?
- Eu não quero mais te ver, eu disse que não ia dar certo imagine se a gente ficasse!?
- Soph, não é assim, para com isso.
- Claro que é assim, olha eu não tô tendo um ataque de ciúmes nem nada certo? Mas se você gostasse de verdade de mim você já tinha pedido pra namorar comigo, desculpa. E como eu te amo e você não me ama acho melhor me afastar do que sofrer maiores danos. Tchau.
- Sophia, Sophia! - Ela se levantou e foi andando, eu parei na frente dela. - PARA! Para com isso tá bom? Você sempre quer ser a certa, você gosta de sofrer, acho que é isso porque você NUNCA me ouve, nunca! Você só dá valor a suas próprias conclusões. Se eu disser que eu te amo e que eu sou completamente louco por você, você iria acreditar? - Eu gritava. E ela parada na minha frente, incrédula.
- Não - sussurrou -, depois disso não.
- Eu sabia disso, eu tinha certeza, mas que pena - falei enquanto ela se afastava.- porque é a verdade. Ouviu? É A VERDADE!

domingo, 16 de agosto de 2009

5

Depois de alguns dias eu vivia com ela, estávamos sempre juntos, se quisesse achar um era só procurar o outro. As amigas dela reclamaram, meus amigos também.
- Cara fala sério, você só vive com ela, vive pra ela, argh, chego a ter náuseas de ver vocês dois juntos.
- Luiz, você nem conhece a garota cara, fica na sua que é o melhor.
- Nem conheço e já tô enjoado dela, credo.
Eu devia ter feito uma cara terrível pra ele, porque ele me olhou assustado e até virou pro outro lado. Eu não tava tão grudado nela, tava?
No intervalo sentei pra comer com os meus amigos, não fazia isso já havia alguns dias porque ficava com a Sophia... Foi ali que eu percebi que eu tinha deixado muita coisa de lado por ela. O Rafael viajou mas se ele estivesse aqui iria dizer que é contra o manual dos garotos, o Luiz falou a mesma coisa haha.
Quando olhei pra frente ela estava vindo, linda... êpa, melhor parar com isso. Ela sorriu pra mim.
- Oi Gui, não vai comer comigo hoje? Ah! Oi Luiz - Ela sorriu pra ele também, ele só balançou a cabeça, sem olhar pra ela.
- Não, acho melhor não. - Eu disse - Depois a gente precisa conversar.
- Ah... - a expressão dela mudou, ficou triste, que droga! Eu só fazia merda.- Tudo bem, eu vou sentar com as minhas amigas. Tchau.- E foi embora.
Depois que ela foi Luiz olhou pra mim e falou:
- Isso aí cara, tem que esnobar mesmo as vezes, agora to reconhecendo meu amigo. - Ele deu tapinhas nas minhas costas, como assim reconhecendo?

sábado, 27 de junho de 2009

4

Sophia, Sophia! Não estava encontrando a menina e já tava ficando maluco, sério.
De repente esbarrei numa amiga dela.
- Oi, foi mal, cadê a Sophia?
- Relaxa. Tá na sala da cordenação.
- Cordenação!? O que ela fez?
- Ela pegou uma briga com uma menina de outra turma aí, não sei direito, acabei de saber.
- Briga!?!?!?!? A Sophia é de brigar? - haha
- Quando se trata de defender pessoas que ela gosta, coom certeza. Olha tenho que ir, beijinho.
Ixi, naquela hora eu tinha ficado completamente impressionado, ela não tinha cara de brigar, não mesmo.
Fui esperar ela na porta da coordenação.
- Tá, eu vou pensar melhor nas minhas atitudes na próxima vez - Ela saiu falando.
- Próxima vez? Ai de você se tiver uma próxima vez! - Falou a coordenadora
- Não, não vai acontecer, me expressei mal, desculpa. - Ela olhou pra mim e fez cara de quem não suporta a vida. Eu segurei o riso.
- Acho bom, tchau. - A coordenadora fechou a porta da sala.
Soltei o riso. Ela tinha ficado séria no princípio, eu até pensei que eu tinha feito merda mas depois ela começou a rir junto.
- Você brigando pela escola dona Sophia? tsc tsc
- Aah, de santa só tenho esse rosto perfeito e angelical há!
- Taa sei hahahaha, mas o que aconteceu?
A história foi o seguinte: A Sophia foi beber água e viu uma amiga dela chorando, a amiga contou que o motivo era a Carla, uma menina lá do colégio, e que ela tinha roubado a peça de teatro que essa tal amiga da Sophia tinha feito. Daí que a louca foi na sala da menina, que ainda tava em aula tirar satisfações. Bom, esse foi o resumo da história.
- Mas e você? Veio me esperar por que?
- Eu queria uma maneira de provar que eu quero ficar com você...
- Ai meu Deus, lá vem...
- Espera! Eu não vou fazer nada, não tenho que provar, e acho que o melhor jeito de provar é não fazendo nada. Só conversar.
Os olhos dela brilharam , eu fiquei feliz por finalmente a gente acabar uma conversa com os dois concordando.
- Então, que tipo de filme você gosta? - perguntei.

domingo, 14 de junho de 2009

3

O que ela estava pensando? O que ela queria que eu fizesse?
- Guilherme, be atention please.
- Sorry teacher.
- what is happening?
- Nothing
- Hmmm... Ok, so guys...- Cara não estava conseguindo dar a mínima atenção pra aquela aula. Queria sair dali e ver a Sophia. Vamos lá, o que eu podia fazer pra mostrar que eu estava mesmo afim dela?
- Cara, você tá voando mesmo haha.- Rafael, meu melhor amigo.
- É, essa história da Sophia tá me matando, e eu não sei o que fazer pra provar a ela que eu quero mesmo ficar com ela.
TRIIIIIIIIIIIIIN
Saímos da sala conversando.
- Ah mano, faz uma serenata pra ela, boaa essa hein?
- Tá zoando? Nunca na minha vida, isso é um ato suicida isso sim.
- Manda um buquê de rosas.
- Poético demais, odeio poesia. Ela vai pensar que eu estou enlouquecido por ela, e não chega a tanto, eu acho.
- Faz uma declaração em Público!
- Dá pra parar e começar a dar sugestões que sirvam de verdade?
E lá vinha o Luiz, outro amigo meu, o cara é o maior garanhão que há nesse colégio hehe, eu me divirto com ele.
- E aê!? Adivinha quem vai ficar com a Manuela?
- Você vai pegar a filha da diretora? Boa sorte cara. - Rafael deu uns tapinhas nas costas do Luiz.
- É, boa sorte mesmo, cê sabe que aquela ali é perigosa né? - disse eu
- Adoro perigo, mas e aí, qual o assunto?
- Como mostrar a Sophia que eu quero ficar com ela.
- Ah, essa é fácil, ignora ela, mas ignora muito, ou então você começa a implicar com ela, elas ficam gamadinhas.
- ¬¬
- ¬¬'
- Ah, então não faz nada.
- Peraí, ótima idéia! - disse eu, eles ficaram com cara de paisagem e eu saí correndo, onde será que a Sophia estava?