sábado, 27 de junho de 2009

4

Sophia, Sophia! Não estava encontrando a menina e já tava ficando maluco, sério.
De repente esbarrei numa amiga dela.
- Oi, foi mal, cadê a Sophia?
- Relaxa. Tá na sala da cordenação.
- Cordenação!? O que ela fez?
- Ela pegou uma briga com uma menina de outra turma aí, não sei direito, acabei de saber.
- Briga!?!?!?!? A Sophia é de brigar? - haha
- Quando se trata de defender pessoas que ela gosta, coom certeza. Olha tenho que ir, beijinho.
Ixi, naquela hora eu tinha ficado completamente impressionado, ela não tinha cara de brigar, não mesmo.
Fui esperar ela na porta da coordenação.
- Tá, eu vou pensar melhor nas minhas atitudes na próxima vez - Ela saiu falando.
- Próxima vez? Ai de você se tiver uma próxima vez! - Falou a coordenadora
- Não, não vai acontecer, me expressei mal, desculpa. - Ela olhou pra mim e fez cara de quem não suporta a vida. Eu segurei o riso.
- Acho bom, tchau. - A coordenadora fechou a porta da sala.
Soltei o riso. Ela tinha ficado séria no princípio, eu até pensei que eu tinha feito merda mas depois ela começou a rir junto.
- Você brigando pela escola dona Sophia? tsc tsc
- Aah, de santa só tenho esse rosto perfeito e angelical há!
- Taa sei hahahaha, mas o que aconteceu?
A história foi o seguinte: A Sophia foi beber água e viu uma amiga dela chorando, a amiga contou que o motivo era a Carla, uma menina lá do colégio, e que ela tinha roubado a peça de teatro que essa tal amiga da Sophia tinha feito. Daí que a louca foi na sala da menina, que ainda tava em aula tirar satisfações. Bom, esse foi o resumo da história.
- Mas e você? Veio me esperar por que?
- Eu queria uma maneira de provar que eu quero ficar com você...
- Ai meu Deus, lá vem...
- Espera! Eu não vou fazer nada, não tenho que provar, e acho que o melhor jeito de provar é não fazendo nada. Só conversar.
Os olhos dela brilharam , eu fiquei feliz por finalmente a gente acabar uma conversa com os dois concordando.
- Então, que tipo de filme você gosta? - perguntei.

domingo, 14 de junho de 2009

3

O que ela estava pensando? O que ela queria que eu fizesse?
- Guilherme, be atention please.
- Sorry teacher.
- what is happening?
- Nothing
- Hmmm... Ok, so guys...- Cara não estava conseguindo dar a mínima atenção pra aquela aula. Queria sair dali e ver a Sophia. Vamos lá, o que eu podia fazer pra mostrar que eu estava mesmo afim dela?
- Cara, você tá voando mesmo haha.- Rafael, meu melhor amigo.
- É, essa história da Sophia tá me matando, e eu não sei o que fazer pra provar a ela que eu quero mesmo ficar com ela.
TRIIIIIIIIIIIIIN
Saímos da sala conversando.
- Ah mano, faz uma serenata pra ela, boaa essa hein?
- Tá zoando? Nunca na minha vida, isso é um ato suicida isso sim.
- Manda um buquê de rosas.
- Poético demais, odeio poesia. Ela vai pensar que eu estou enlouquecido por ela, e não chega a tanto, eu acho.
- Faz uma declaração em Público!
- Dá pra parar e começar a dar sugestões que sirvam de verdade?
E lá vinha o Luiz, outro amigo meu, o cara é o maior garanhão que há nesse colégio hehe, eu me divirto com ele.
- E aê!? Adivinha quem vai ficar com a Manuela?
- Você vai pegar a filha da diretora? Boa sorte cara. - Rafael deu uns tapinhas nas costas do Luiz.
- É, boa sorte mesmo, cê sabe que aquela ali é perigosa né? - disse eu
- Adoro perigo, mas e aí, qual o assunto?
- Como mostrar a Sophia que eu quero ficar com ela.
- Ah, essa é fácil, ignora ela, mas ignora muito, ou então você começa a implicar com ela, elas ficam gamadinhas.
- ¬¬
- ¬¬'
- Ah, então não faz nada.
- Peraí, ótima idéia! - disse eu, eles ficaram com cara de paisagem e eu saí correndo, onde será que a Sophia estava?

2

- Hey, Sophia! – gritei, ela e as amigas pararam e ficaram me olhando, ela sorriu, nunca vi um sorriso tão perfeito.
- Oi Guilherme – ela me deu um beijo na bochecha.
- Você... Nós podemos conversar um pouquinho? A sós?
- Hummmmm – disseram as amigas dela. Eu ri sem graça. Ela riu de mim.
- hehe, podemos. – a gente foi caminhando pelo colégio, enquanto a aula não começava.
- Me desculpa por ontem, eu pensei que era o que você queria e...
- Era o que eu queria, mas é o que você quer? Eu tenho certeza que não, porque foi tudo muito rápido, você provavelmente passou a noite pensando nisso.
- Verdade, mas como você pode ter certeza que eu não queria? Se eu pedi é porque eu queria certo?
- Não precisamente. Você pode apenas ter pedido por pedir. “Por que não ficar com uma menina que gosta de mim?”.
- Mas eu quero.
- Assim você vai estragar tudo. Você não percebe?
- Não, eu não estou entendendo. Eu quero, você quer. Perfeito! – Segurei o rosto dela, com muito cuidado, ela parecia ser feita de porcelana, eu queria ela pra mim, muito.
- Se a gente ficar logo pode ser que a gente não se conheça direito. Vamos nos conhecer primeiro – fui me aproximando pra dar um beijo nela, ela não fez nada, só fechou os olhos. – Por favor... Vamos nos conhecer primeiro, não me beije, eu não vou conseguir resistir, por favor... – Ela era muito complicada, a menina mais complicada que eu já tinha encontrado. Eu quase a beijei naquela hora. Ficamos juntos, testa com testa.
- A gente pode ficar e se conhecer melhor ao mesmo tempo.
- Não.
- Claro que sim – me afastei dela – aaah, por favor, Sophia! Como você pode saber? Você já tentou?
- Sim, nunca deu certo.
- É preciso arriscar às vezes sabia? – saí com raiva de perto dela, aquele joguinho estava me aborrecendo.

1

Eu lembro que naquele dia passei o dia todo pensando naquela garota, Sophia... Ela era estranha e perfeita, ela me despertava curiosidade. Eu queria conhecê-la melhor, conversar, saber como ela era de verdade, beijá-la. Eu queria aquela menina pra mim. E tudo isso aconteceu tão rápido que eu até pensei que estava enlouquecendo. Eu queria ficar com uma menina que me amava? Isso era contra as leis oficiais dos meninos. Artigo 123: Nunca fique com uma menina apaixonada por você, elas são as mais grudentas e melosas, e mais difíceis de dar um fora.
Mas eu queria, e como queria. Sophia...Mal sabia eu que ela era diferente.

sábado, 13 de junho de 2009

Um ponto.

- Eu só penso em você, o tempo todo e... Isso deve ser um problema certo? Bem, me responde por que eu não sei e se for, é um problema maravilhoso, porque eu amo pensar em você, eu acho que... Eu amo mesmo você. – Foi o que ela disse pra mim, cara a cara, olho no olho, naquela tarde de fim de aula, e eu pensei “que menina estranha essa, eu só falei com ela umas três vezes!”. Lembro que ela falou tudo muito depressa, como se quisesse colocar tudo pra fora. Eu só consegui ficar olhando pra ela, era muito estranho pra mim.
-...
- Tudo bem, você deve ta me achando louca – ela riu, que sorriso lindo. – Eu precisava te dizer, agora já estou bem melhor, olha, a gente pode ir se conhecendo, só sendo amigos mesmo, eu vou aceitar ta? E... Ai meu Deus, to falando demais. – Eu não consegui, eu tinha que rir. E eu ri mesmo. E o melhor de tudo foi que ela riu junto, e nós rimos como se alguém tivesse contado uma piada. Que menina maluca aquela.
- Bom, até outro dia – ela saiu rindo. Mas...
- Ei! Sophia! Espera, é sério isso?
- É.
- Ahn, e você vai sair rindo assim, sem eu ter te respondido nada?
- Acho que sim, às vezes é melhor só ficar em silêncio, no caso rir, pode ser melhor do que uma resposta que eu não gostaria de ouvir.
- Não, olha, eu te conheço pouco mas... Quer ficar comigo?
Ela me olhou com desprezo.
- Preferia ter ficado em silêncio.